quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Coreia do Norte … arrepiante!

É sabido de todos que morreu o “querido líder” da longínqua e agrilhoada Coreia, a do Norte. Tenho-me arrepiado com as imagens, certamente imagens controladas pelo regime – que têm chegado às nossas televisões e à internet, imagens que representam um doloroso pesar, uma histeria e choro colectivos. Será possível que um regime ditatorial consegue por centenas de milhar de pessoas nas ruas a chorar? Acredito que, embora possa ser possível, também há muito de verdade e sinceridade naquelas imagens o que me deixa ainda mais aterrado. Que, nos anos trinta, Hitler conseguisse colocar multidões incalculáveis de braço direito esticado a gritar “amado furer”, numa época em que não havia televisão, internet, comunicações móveis, enfim … globalização, ainda vá que não vá. Hitler tinha argumentos fortes e obra feita para arrastar e arrebanhar os alemães. Mas, que diabo, o século XXI já está crescidinho, os norte coreanos têm, certamente, muitos parentes a viver do outro lado do paralelo, no sul desenvolvido e industrializado; certamente, existem muitas famílias com TV satélite pirata e internet ilegal na Coreia do Norte e admiram o modelo de vida dos vizinhos de baixo; certamente, por mais fechado que seja o regime – a última dinastia comunista do mundo – onde o Estado controla os media, onde não há democracia mas, certamente, há brechas no regime por onde entram os ecos do nosso mundo de cá. E, mesmo com todos estes “certamente”, o que temos? Temos uma população ignorante, controlada, maniatada, faminta, uns milhões de escravos culturais e intelectuais que, ainda assim, choram por um tipo que só conhecem da propaganda ditatorial e dos órgãos de comunicação. Não é possível que vinte e dois milhões de coreanos sejam uns mentecaptos, uns fantoches que agem qual abelhas submissas as ordens de uma rainha. Vejam pacientes leitores como a Humanidade conquistou tantas coisas, tanta tecnologia, tanta ciência, tanta cultura e diversidade e … para compreendermos como não passamos de uns seres frágeis, insignificantes, um número de entre sete mil milhões, surgem estes exemplos assustadores. Termino com um viva à nossa individualidade, inteligência e liberdade.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os filhos dos barões e do aparelho

Será que se fez o 25 de Abril para isto? O que diria Francisco Sá Carneiro ao estado a que isto chegou? Hoje quero fazer-vos um desafio. Olhem com atenção para as bancadas do nosso Parlamento e digam-me o que vêm. Por acaso vêm políticos de craveira inquestionável com muitos anos de tarimba política? Verão individualidades acima de qualquer mácula, convictas da sua ideologia e defensoras de um rumo sólido? Não, caros amigos, vêm um conjunto de gente nova, de estranhos, de rostos que nada nos dizem, com que não nos identificamos. Vêm os novatos, filhos dos barões, que vão incluídos no pacote político das negociações distritais dos aparelhos partidários. Vêm advogados e empresários, de ouvido atento às oportunidades e negociatas, que estão lá para arrastar casos e negócios para as suas empresas e escritórios. Vêm “prostitutos políticos” que saltam de partido em partido, colocando-se a jeito para o que mais lhes convém. Nada me move contra a juventude desde que competente. Nada me move contra os políticos que servem a causa pública com honestidade e clareza. Mas, caros amigos, será que ter Menezes ou Amaral Dias, ou Loureiro, ou outros apelidos pomposos no sobrenome já é garantia de qualidade e rectidão? Será que ter trinta e poucos anos e ser filho do senhor “fulano tal” já é suficiente para ser vice de uma bancada parlamentar? Bem mas o que esperaríamos nós de uma classe política onde se ostentam licenciaturas duvidosas ou se arranja um canudo com trinta e sete anos? Que poderíamos esperar nós de um meio político onde os de qualidade fogem das responsabilidades preferindo liderar grandes empresas ou “botar faladura” nos diferentes canais de televisão? E os outros, os medíocres, descem às profundezas nos submarinos, perscrutam os subsolos dos parques da “Braga”, sujam as mãos na sucata ou fazem exames ao domingo depois da missa, à sombra de um sobreiro de uma famosa herdade onde ganham energias para compras vespertinas num free centro comercial qualquer! Pacientes leitores, para além dos tradicionais votos de festas felizes e prosperidades para o ano novo que aí vem, votos muito importantes nesta época que todos trocamos uns com os outros, venho listar aqui um conjunto de desejos que, certamente, nos trariam uma felicidade colectiva. Que em 2012 a massa silenciosa da população portuguesa se faça ouvir cada vez mais, de forma ordeira e civilizada mas incisiva e eficaz, para que quem nos governa compreenda de uma vez por todas que tem contas a prestar. Que termine a imunidade política e se criminalize a actividade política. Que se reduzam os cargos políticos mas que os futuros governantes sejam bons, bem pagos e impedidos de acumular funções noutras actividades. Que se conceda importância eleitoral efectiva aos votos brancos e nulos pois se alguém vai votar e inutiliza ou deixa o seu voto em branco deve ser respeitado pois com o seu acto está a passar uma mensagem, expressar uma vontade. Portanto, talvez se alguns lugares começarem a ficar por preencher em consequência dos votos brancos e nulos, quem sabe se os políticos não começam a atinar. Que a abstenção tenha uma expressão eficaz para que os políticos, depois da noite eleitoral onde mostram semblantes carregados, deixem de continuar a assobiar para o lado. Imaginem que umas eleições eram anuladas devido a uma elevada taxa de abstenção? Talvez aí se fizesse alguma coisa pela nossa democracia que anda tão adoentada. Que terminem os ciclos eleitorais e que qualquer pessoa com perfil adequado se possa candidatar, como independente, apartidário, aos órgãos de soberania. Amigos, deixo estes meus votos para dois mil e doze e para os anos seguintes, votos que nem o PCP ou bloco podem ouvir falar porque nem a eles lhes interessa. E já agora, se não têm malta competente para sentar na assembleia, façam como o ex primeiro-ministro de Itália e sentem lá umas miúdas giras, pelo menos vamos treinando o nervo óptico! Festas felizes para todos menos para os governantes corruptos, trapaceiros e oportunistas!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Migalhas também são pão

Começo por pedir desculpas aos meus leitores mas hoje apetece-me descarregar aqui um pouco da minha ira contra os privilégios que alguns apaniguados da corja elitista que nos governa ou governou gozam. O meu fel foi acicatado por algumas notícias que vieram a lume neste fim-de-semana onde muito se falou de subvenções, pensões e subsídios a políticos e ex-políticos. Os meus argumentos seguintes podem soar a banalidades mas são banalidades reais e que estão aí para contentamento de alguns, alguns que já não são tão poucos como isso, autênticos salteadores que têm delapidado o erário público, escudando-se com leis que eles próprios criaram. Vamos a factos. Os senhores ex-políticos têm direito a uma subvenção do Estado por terem “servido” a causa pública durante vários anos. Bem, será que serviram ou se serviram? Nem sei bem como aplicar o verbo servir mas todos sabemos como tem sido na prática. Será que a política já não lhes dá prestígio e oportunidades suficientes, já não lhes abre diversas portas para que, coitadinhos, ainda necessitem de uma pensão porque o trabalho parlamentar ou governamental foi muito desgastante? Pobres políticos estes que estão deslocados da sua residência, de segunda a quinta – porque à sexta fazem trabalhos nas comunidades – e necessitam de um subsídio para pagar a renda de casa. Mas não pode ser um subsídio qualquer. Tem que ser chorudo porque as rendas de casa em Lisboa são altas e para eles não serve um apartamento de quinhentos ou seiscentos euros por mês. E depois há aqueles “ratos dos canos” que aproveitam para comprar uma casita na capital – dá jeito para os filhos irem estudar para lá ou para poderem ver uns concertos no Pavilhão Atlântico - e, mesmo assim, continuamos-lhes todos a pagar a dita renda. Então e os milhares de professores, médicos ou enfermeiros que estão deslocados por esse país também não deveriam ter direito à rendazita? Já que a vaca é gorda deveríamos poder mamar todos. Caros leitores, aqui na beira costuma-se dizer que “uma migalha também é pão”. Nestes momentos de austeridade será que os senhores do poder não deveriam dar o exemplo? Estas regalias, que parecem migalhas, todas somadas certamente dariam para formar vários pães. E depois vem o nosso primeiro-ministro pedir-nos sacrifícios? Senhor Passos, transforme a crise em oportunidades, reforme o Estado, termine com regalias imorais, reduza os cargos políticos, os directores, subdirectores e subdirectores dos anteriores, reagrupe freguesias e conselhos, tenha coragem de acabar com os clientelismos partidários e com os pagamentos de favores eleitorais, moralize o trabalho político, valorizando o mérito e a qualidade e depois … depois terá os portugueses todos a seu lado a entregar-lhe os subsídios de férias e de Natal e a ajudar o país a ir para a frente. P. S. Bem, parece que as tais subvenções vão acabar mas ficam os carros de luxo, os cartões de crédito, as festas e inaugurações, … enfim, continua o regabofe e o parvo do “tuga” a pagar …

sábado, 23 de abril de 2011

Páscoa em Contige

A aldeia de Contige, no concelho de Sátão, resiste como um reduto da memória colectiva onde se tentam preservar costumes e tradições. A solenidade da Páscoa, aqui, é celebrada ainda com laivos de intemporalidade. É desses saudáveis aromas primaveris que gostaria de inundar o amável leitor. Na semana que antecede a Santa Ressurreição do Filho do Criador, Contige é toda cheia de cheiros e fumos estonteantes. Começamos no Domingo de Ramos onde os paroquianos se deslocam à vila, sede de paróquia, para enfeitarem com frondosos ramos verdejantes, de laranjeira, oliveira, mas, principalmente, de loureiro, para anunciarem a chegada da primavera e, depois de benzidos pelo pároco, terem as mais diversas utilidades na casinha de cada devoto. As doceiras de mão cheia – e há pelo menos uma em cada família – andam numa azáfama só pois entre as lides do dia-a-dia, ainda têm de arranjar tempo para separar os melhores ovos que guardam há semanas, trazer à luz do dia as formas, colheres, assadeiras, tabuleiros e outras alfaias culinárias úteis para as doçarias da época. Os homens separam a melhor esgalha, vides e a melhor lenha para darem vida aos fornos mais ou menos comunitários e aos domésticos porque, uns e outros, não têm descanso por essa altura. A criançada, em férias escolares, entre internet e playstation, sim porque os tempos são outros, ainda besuntam os informáticos dedos nos alguidares da massa dos biscoitos, dos pães de ló, dos bolos de azeite, enfim, de toda uma panóplia de doçarias que hão-de anaifar a mesa da Páscoa, coberta pela melhor toalha de renda. Nem imagina o paciente leitor como é bom uma fatia de bolo de azeite com queijo da serra que se vê do alto de Contige. Na verdade o bolo de azeite é rei e único por estas paragens. Mistura-se uma paleta de sabores com o doce e o salgado a rivalizarem nas papilas gustativas e o indispensável fio de azeite que se acrescentou à massa a amaciar a contenda. O bolo de azeite merece este destaque. Sai do forno amarelinho, fruto da escolha dos melhores ovos caseiros, e é oferecido a todas as casas da família. Mas há mais, ó se há. Que saudades de ir de saco de serapilheira debaixo do braço, ou empurrar o velho carro de mão do avô, chiando os seus rodados ferrugentos a competirem com a chilriadeira da passarada, a caminho do Vale de Coucão, a cata de aromáticos rosmaninhos que arrancava furiosamente das teimosas pedras que não queriam perder o seu perfume. De volta ao povoado, com os sacos e a carreta atestados, guardavam-se as fragrâncias naturais para, no dia de todas as Aleluias, se fazerem ordenados carreiros por onde haveria de passar a Santa Cruz, nos braços de um dos mordomos do Senhor. Nessa semana dispensavam-se os trabalhadores da câmara, da junta, os cantoneiros, porque cada família puxava o lustre ao seu bocadinho de rua. Contige parece ter sido varrida pelo sopro de Deus pois nem um papel, uma ervinha ou outra coisa qualquer podiam rivalizar com os impecáveis carreiros de rosmaninhos que ligavam todos os vizinhos que, pelo menos nesse dia santo, esqueciam as rixas motivadas pela partilha da água ou por causa de um teimoso marco que insistia em se colocar uns passos para o lado. Eis-nos chegados ao dia por que tantas almas ansiavam. De sábado para domingo, Contige dorme às pressas. Entre as cerimónias da Missa de Aleluia que, na matriz, acaba noite escura e o acender dos fogões e o animar dos fornos passam dois rápidos pares de hora onde a ansiedade embala o sono. A senhora da casa dá gáspea ao velho fogão de lenha ou de gás onde afreventa uma canjinha e coze uns nacos de porco de várias proveniências do corpo do animal, entenda-se. Presunto, chispe, barriga, focinheira e uns enchidos, hão-de estar prontos para a família comer às pressas enquanto o senhor prior chega à próxima casa. O patrão já arrancou a chegar lume ao forno para tostar um leitão de criação caseira – por lá este bicho é rei e senhor – mas ainda arranja um espaço no canto do braseiro para um franguito caseiro e uma assadeira de batatas. Oito da manhã. O foguetório dá sinal de partida. Quatro cruzes partem da vila rumo às quatro partidas da paróquia. A nossa chega ao alto do Pereiro meia hora depois da partida e às nove está à sombra do velho e majestoso eucalipto se São Pedro fizer o favor de correr as cortinas do céu para nos brindar com uns raios de sol. O povo já está na rua para receber o Senhor. E que aprumados estão todos: briais novos, cabelos arranjados e perfumados. Parece ter havido magia. Ainda há pouco se acotovelavam nos preparativos e já estão todos aperaltados. É assim a vontade humana. Durante toda a manhã, já se sabe, de casa em casa, beijando o Ressuscitado Senhor Jesus Cristo que é recebido com sorrisos e cânticos, muitos cânticos que ecoam pelas ruas, ao desafio: “Aleluia, ressuscitou, aleluia ... veio para nos salvar, aleluia." Lá pelas dez e meia alguns homens e jovens da aldeia juntam-se no café mais antigo do lugar para repousar o farto e prolongado pequeno-almoço ingerido às prestações marcadas pelo ritmo da Cruz, com uns cálices de vinho do Porto. Um dos homens da roda saca, da algibeira, um papel rabiscado onde rezam os nomes dos pagantes desse ano e onde se anotam os do ano seguinte. Enfim, coisas da tradição. Estimado e paciente leitor, se conseguiu resistir ao tédio e está a ler estas últimas linhas, fica o convite para vir viver esta Páscoa tão especial e emotiva. Não se esqueça de trazer muito apetite pois vai ter que comer e beber em cada casa onde entrar, sob pena de ofender os donos, se não o fizer e de rechear a carteira com uma notita extra se tiver por cá um afilhado pois a meninada, entre umas amêndoas e umas correrias há-de arranjar tempo para reconhecer os padrinhos e lhe pedir a Bênção.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

MAIORIA SILENCIOSA VENCE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Portugal foi às urnas há quase um mês. Parece-me mais correcto corrigir para: menos de metade de Portugal foi às urnas. É que quem ganhou estas eleições não foi o Professor Cavaco Silva, foi um candidato sem rosto chamado abstenção. Será que o nosso presidente recém-eleito se sente completamente representativo de todos os portugueses, o mais alto magistrado da nação, quando apenas cerca de dois milhões de portugueses votaram nele? Tenho consideração pelo nosso Presidente e penso que, por diversas vezes, ele deve reflectir sobre isto. É claro que não está em causa a legitimidade da sua reeleição mas … que é chato lá isso é. Porque será que os portugueses não saem de casa para ir exercer o seu dever cívico? Será que já se esqueceram dos ideais de Abril? Será que a democracia representativa está em crise? Será que um voto já não tem qualquer valor? Para mim são diversas as razões que justificam a abstenção: os maus exemplos de alguns políticos, a sua conduta desviante, os casos, enfim, os maus caminhos que a política proporciona a quem tem défice de escrúpulos. Tudo isto cansa ou cansou os portugueses. O resultado do Senhor Coelho da Madeira e do Senhor Nobre, se somados aos votos nulos e brancos, entroncam nesta linha de descontentamento e desgaste que os políticos sofrem porque são sempre os mesmos. Portugal consente uma espécie de rotativismo que leva a que os mesmos se alternem no poder em períodos de quatro em quatro anos. Depois há razões mais práticas que justificam a abstenção. O sistema eleitoral português não evoluiu e não se deu conta que a sociedade mudou, está mais móvel e não está para perder grande tempo com coisas somenos importantes. Em pleno século XXI não faz sentido um número de eleitor agarrado a uma mesa de voto de uma qualquer freguesia. Assim como também não faz grande sentido o voto em papel. Os portugueses viajam e querem votar onde lhe der mais jeito. Os portugueses aderiram ao cartão do cidadão e querem dar-lhe utilidade. Para mim fazia mais sentido o voto electrónico nacional em que qualquer cidadão, com o seu número de cidadão, em qualquer zona do país se pudesse deslocar a uma urna electrónica e pudesse votar. Para mim fazia mais sentido uma plataforma na internet onde os acamados, deficientes, doentes e população prisional, assim como os portugueses que se encontram no estrangeiro, simplesmente e com confidencialidade pudessem votar. Estas medidas reduziriam em força a abstenção poupariam milhões de euros ao Estado no fabrico dos votos e na redução de recursos humanos que são necessários num processo eleitoral. O Brasil, cem vezes maior que Portugal, consegue colocar em prática o voto electrónico e, poucas horas depois de fechadas as urnas, publicar os resultados oficiais. Naturalmente as urnas electrónicas e as plataformas online para o voto à distância custam dinheiro mas é dinheiro que só se gasta uma vez. É preciso é que as coisas sejam feitas para que não falhem como aconteceu no último dia das eleições em que milhares de cidadãos ficaram impedidos de votar por uma falha informática. Como vêm as soluções e a tecnologia existem, falta é vontade. O que me entristece e agasta é que os políticos que, na noite eleitoral, se mostram muito preocupados com a abstenção e prometem reflexões profundas, nos dias seguintes, nos comités centrais, nos conselhos nacionais dos partidos, limitam-se a contar espingardas e a analisar os resultados eleitorais à lupa fazendo uma autêntica caça às bruxas descobrindo quem votou em A ou em B. Os políticos não querem discutir nem resolver a abstenção. Passam por ela e assobiam para o lado ou enterram a cabeça na areia como a outra porque quantos menos forem a votar melhor se controlam. É o habitual dividir para reinar.